fbpx

E-fisio

Síndrome da Dor Femoropatelar

Síndrome da Dor Femoropatelar  é um termo geral usado para descrever a dor retropatelar. É uma condição persistente que tende a gerar muito desconforto em atividades funcionais.

Por: Bruno Grüninger

Introdução geral da Síndrome da Dor Femoropatelar

Síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP), Dor Patelofemoral (DPF), a dor Femoropatelar (DFP) ou ainda o termo em inglês Patellofemoral Pain Syndrome (PFPS) é um termo geral usado para descrever a dor originada na articulação patelofemoral ou em tecidos moles adjacentes. 

Historicamente, tem sido referida como dor anterior no joelho, que pode ser caracterizada também por dor retropatelar (atrás da patela) ou peri-patelar (ao redor da patela) e seus sintomas podem se desenvolver lentamente ao longo do tempo ou surgir agudamente, de maneira abrupta. 

A SDFP tem uma tendência a recorrer após 2 anos em 40% dos casos e é uma condição comum no joelho, que afeta principalmente adolescentes e adultos jovens, onde as mulheres têm uma incidência 2.2 vezes maior que homens (BOLING et al., 2010). 

A dor ocorre principalmente quando a carga é exercida sobre os músculos que realizam extensão dos joelhos ao subir escadas, agachar-se, correr, andar de bicicleta ou ficar sentado com os joelhos flexionados, muitas vezes dificultando ou impedindo a realização dessas atividades (Ahmed Hamada, 2017). 

Embora a SDFP tenha sido considerada uma condição clínica autolimitante, estudos como o de Crossley et al. (2019) desafiam essa ideia, indicando que a SDFP pode persistir por muitos anos, impactando a participação nas atividades cotidianas e esportivas. 

Além disso, resultados insatisfatórios no alívio da dor e funcionalidade foram observados em mais de 50% dos pacientes com SDFP por um período de até 5 anos após o tratamento (Lankhorst et al., 2016).

Recentemente, uma revisão sistemática (Smith Be et al, 2018)  trouxe à tona dados sobre a presença da dor femoropatelar em diferentes grupos populacionais. Entre militares de ambos os sexos, por exemplo, a prevalência dessa dor é de 13,5%, com uma variação de 15,3% para mulheres militares e 12,3% para homens. 

Quando se trata de mulheres envolvidas em esportes de elite, como futebol, vôlei e balé, essa prevalência varia consideravelmente, situando-se entre 16,7% e 29,3%. Em relação a ciclistas amadores, foi observada uma prevalência de 35%, enquanto em ciclistas de elite, a taxa anual sobe ligeiramente para 35,7% (Barton et al, 2014). 

Essa condição não se limita a grupos específicos, afetando também a população em geral. A prevalência anual da dor femoropatelar para ambos os sexos na população geral é de 22,7%. No entanto, quando olhamos apenas para as mulheres, esse número avança vertiginosamente para 29,2%, enquanto nos homens é de 15,5%. É interessante notar que a dor femoropatelar impacta também adolescentes. Em atletas adolescentes, a incidência de dor femoropatelar varia entre 5,1% e 14,9%, com uma prevalência pontual de 22,7% entre as atletas do sexo feminino. Na população em geral, a prevalência pontual para adolescentes de ambos os sexos é de 7,2%, enquanto a taxa anual chega a 28,9% (Crossley et al, 2019). 

Anatomia e Biomecânica da Síndrome da Dor Femoropatelar

A anatomia clinicamente relevante inclui a articulação patelofemoral, onde a patela desliza pelo sulco femoral, com o líquido sinovial proporcionando pouca resistência durante o movimento. A articulação femoropatelar se estabelece entre a superfície articular da patela e o côndilo patelar do fêmur, sendo sustentada por um complexo de estruturas que podem ser classificadas em estabilizadores dinâmicos e estáticos. Esses componentes desempenham um papel crucial na manutenção da estabilidade e funcionamento harmonioso dessa articulação (Loudon JK, 2016).

Os retináculos medial e lateral, bem como a configuração espacial da patela e a geometria da tróclea femoral, formam os estabilizadores passivos da patela, contribuindo para a sua posição adequada e movimentação suave. Já os estabilizadores dinâmicos consistem nos músculos da pata de ganso e do semimembranoso (que contribuem para a rotação interna da tíbia), no bíceps femoral (que contribui para a rotação externa da tíbia) e no quadríceps femoral, composto pelas quatro cabeças – vasto medial (VM), vasto lateral (VL), vasto intermédio e reto femoral – que atuam de maneira coordenada para exercer trações diversas na patela (Figura 1) (Loudon JK, 2016).

Síndrome da Dor Femoropatelar
Figura 1. Estruturas anatômicas do joelho em vista lateral

A articulação patelofemoral é submetida a forças compressivas elevadas durante atividades como subir escadas e agachar. Essas forças podem causar sobrecarga às estruturas da articulação, como o osso subcondral, a gordura infrapatelar, o retináculo e os ligamentos. 

A dor nociceptiva, que é a dor causada por lesão real ou potencial dos tecidos, é um dos componentes da dor patelofemoral. Além da dor nociceptiva, pessoas com DFP persistente exibem um processamento nociceptivo anormal (isto é, hiperalgesia mecânica difusa, modulação da dor prejudicada), processamento somatossensorial alterado (implicando dor neuropática), função sensório-motora prejudicada (isto é, propriocepção e equilíbrio) e certos fatores psicológicos, como a catastrofização, que é a tendência de interpretar a dor como algo mais sério do que realmente é; e a cinesiofobia, que é o medo relacionado ao movimento, que costuma levar à restrição da atividade física.

A origem da Síndrome da dor femoropatelar (SDFP) é multifatorial, envolvendo uma complexa interação de fatores. Acredita-se que um estresse elevado sobre a articulação femoropatelar esteja relacionado a essa condição. Diversos modelos foram propostos para compreender a causa desse estresse anormal. A relação entre a força de reação da patela e o surgimento da dor femoropatelar é um tópico de interesse crescente na literatura científica, que sugere que a força de reação da patela, que é a força transmitida entre a patela e o sulco troclear do fêmur durante o movimento do joelho, desempenha um papel significativo no desenvolvimento e agravamento da dor femoropatelar. A relação entre a força de reação da patela e a dor femoropatelar é complexa e multifatorial. 

Além da fraqueza muscular e da instabilidade patelar, fatores como a biomecânica do pé, o alinhamento do quadril e a cinemática do joelho também podem influenciar na distribuição da força e na consequente dor. 

No âmbito local, fatores como a alteração no trajeto da patela na tróclea e a fraqueza do músculo quadríceps femoral, juntamente com um menor volume de massa muscular e pico de torque extensor, podem reduzir a área de contato entre as superfícies articulares. O desequilíbrio na ativação dos músculos vastos do quadríceps, com atraso na ativação do vasto medial, também contribui para o desalinhamento da patela e diminuição da área de contato. Além desses fatores, questões mais abrangentes, como a biomecânica alterada da pelve com adução excessiva do quadril e rotação interna do fêmur, especialmente em mulheres, aumentam a probabilidade de ocorrência do valgo dinâmico. Isso, por sua vez, pode levar ao desvio da patela durante os movimentos.

Em uma diretriz de tratamento publicada em 2019 na JOSPT, sugeriu-se a utilização de uma categorização, alinhada com a Classificação Internacional de Funcionalidade, que indica diferentes condições que podemos enquadrar a SDFP. Logicamente não é um estadiamento perfeito e nos serve apenas como guia para entender as características da disfunção. A ideia não é se limitar a cada grupo, mas entender as principais condições de cada um deles para facilitar o nosso raciocínio. As subcategorias são nomeadas de acordo com as deficiências predominantes documentadas anteriormente em pessoas com SDFP.

Subcategorias de classificação da Síndrome da Dor Femoropatelar com base em deficiências/funções

1. Sobrecarga/excesso de uso sem outras alterações: uma subcategoria de indivíduos com SDFP pode ter dor principalmente devido ao excesso de uso ou sobrecarga. A classificação nessa subcategoria é feita com um nível razoável de certeza quando o paciente apresenta histórico que sugere um aumento na intensidade e/ou frequência de carga na articulação femoropatelar, em uma taxa que pode exceder a capacidade dos tecidos da articulação femoropatelar de se recuperarem;

2. Déficits de desempenho muscular: uma subcategoria de indivíduos com SDFP pode responder positivamente a exercícios de resistência para o quadril e joelho. A classificação nesta subcategoria de déficits de desempenho muscular é feita com um nível razoável de certeza quando o paciente apresenta déficits de desempenho muscular dos membros inferiores no quadril e quadríceps;

3. Déficits de coordenação do movimento: uma subcategoria de indivíduos com SDFP pode responder positivamente a intervenções de reeducação da marcha e do movimento, resultando em melhorias na cinemática e na dor dos membros inferiores, sugerindo a importância da avaliação do valgo dinâmico do joelho durante o movimento. O diagnóstico através dos déficits de coordenação do movimento é feito com um nível razoável de certeza quando o paciente apresenta valgo excessivo ou mal controlado do joelho durante uma tarefa dinâmica, mas não necessariamente devido à fraqueza da musculatura dos membros inferiores.

4. Deficiências de mobilidade: uma subcategoria de indivíduos pode apresentar deficiências relacionadas a estruturas hiper ou hipomóveis. O diagnóstico  nesse caso é feito com um nível razoável de certeza quando o paciente apresenta mobilidade maior que o normal do pé e/ou deficiências de flexibilidade em uma ou mais das seguintes estruturas: isquiotibiais, quadríceps, gastrocnêmios, sóleo, retináculo lateral ou banda iliotibial.

Fatores de Risco da Síndrome da Dor Femoropatelar

Historicamente, inúmeros fatores foram apontados como contribuidores para o surgimento ou a perpetuação da SDFP: 

  • Hiperextensão do joelho, 
  • Rotação externa excessiva da tíbia, 
  • Aumento do ângulo Q, 
  • Tensão no trato iliotibial, isquiotibiais ou gastrocnêmios;
  • Hiperpronação ou supinação do pé;
  • Aumento da adução do quadril durante apoio unipodal, principalmente na corrida
 
No entanto, uma revisão sistemática de 2019 (Willy et al) teve como objetivo fornecer uma síntese das evidências relacionadas às variáveis preditivas para o desenvolvimento da dor femoropatelar.
 
Apesar de haver alta heterogeneidade de dados e uma capacidade limitada de combinações, duas variáveis preditivas foram identificadas: fraqueza isocinética do quadríceps e maior força isométrica de abdução do quadril em adolescentes. De maneira a facilitar a leitura e melhorar o nosso letramento no assunto, apresento aqui os principais achados dessa revisão, que é uma das mais importantes sobre o tema: 
 
  • Fraqueza isocinética do quadríceps está associada ao desenvolvimento futuro de SDFP em militares.
  • Força isométrica de abdução do quadril está associada ao desenvolvimento futuro de SDFP em adolescentes.
  • Variáveis como altura, peso, índice de massa corporal (IMC), porcentagem de gordura corporal, idade e ângulo Q não foram preditivas de SDFP em nenhuma das coortes estudadas.
  • Não há evidências suficientes para sugerir uma associação causal entre sexo feminino e SDFP.
 
A revisão também aponta para a necessidade de investigar mais a relação entre força muscular, nível de atividade física e desenvolvimento de SDFP em adolescentes, e enfatiza a importância de intervenções de educação e gerenciamento de carga para reduzir a incidência de SDFP nessa população. 

Além disso, é sempre importante ressaltar que NENHUM fator é capaz, individualmente, de causar ou perpetuar quaisquer sintomas. É sempre necessário levar em consideração todos os aspectos possíveis do paciente, todo o seu contexto e todas as possibilidades antes de pensar em “fechar” um diagnóstico. 

Avaliação da Síndrome da Dor Femoropatelar

Características/Apresentação Clínica:

Os pacientes geralmente se queixam de dor anterior no joelho, agravada por atividades que aumentam as forças compressivas femoropatelares, como subir/descer escadas, ficar sentado com os joelhos dobrados, ajoelhar-se e agachar-se. O diagnóstico da SDPF é essencialmente clínico, associando os sintomas apresentados e excluindo outras patologias do joelho que causam dor na mesma localização.

Por isso a importância da observação dos sintomas associados a testes que mimetizam as funções diárias, como o agachamento. Déficits no número de descidas de degraus (de Oliveira Silva et al., 2018), mas não em agachamentos (Loudon et al., 2002), e resultados inconsistentes relacionados à avaliação de salto em distância (de Oliveira Silva et al., 2018), são evidentes em pessoas com SDFP quando comparadas a pessoas assintomáticas.
 
Diagnóstico Diferencial:
Outras doenças podem provocar dor anterior no joelho sem serem SDFP, incluindo:
 
  • Síndrome de Hoffa
  • Síndrome de Fricção da Banda Iliotibial
  • Síndrome de Sinding-Larson-Johansson
  • Tendinopatia Patelar
  • Osteoartrite no joelho 
  • Lesões condrais
  • Lesões do menisco medial
  • Cisto Poplíteo (Cisto de Baker)
  • Lesão do LCA (Ligamento Cruzado Anterior)
  • Lesão/ruptura do LCP (Ligamento Cruzado Posterior)
  • Dor referida a partir da articulação do quadril
  • Dor referida da coluna lombar.
 
Então, ao se levar em consideração o diagnóstico da SDFP, atente-se ao fato de que não adianta apenas ter alguns testes clínicos positivos, por exemplo. Para que consigamos ser assertivos, precisamos considerar todo o contexto e fazer a exclusão de diferentes problemas do joelho. 
 
Histórico e fatores comuns para se ficar atento e suspeitar de SDFP:
 
Um histórico detalhado fornece várias pistas sobre a causa e os fatores contribuintes da SDFP. Então, sintetizamos as informações em um quadro com as características mais comuns apresentadas e que precisam ser avaliadas. 
Síndrome da Dor Femoropatelar
Figura 2. Fatores que englobam nosso processo de avaliação em pacientes com SDFP

Dor femoropatelar e condromalácia são as mesmas coisas? 

É comum chegar nos nossos consultórios pacientes que apresentem aquele diagnóstico de condromalácia. Mas será que esses diagnósticos são sinônimos? De maneira objetiva: NÃO! Embora as duas condições sejam distintas, elas podem coexistir.

 É importante diferenciar entre as duas condições para que o tratamento adequado seja prescrito. Na condromalácia, sugere-se que uma das fontes de dor seja especificamente o desgaste da cartilagem articular, normalmente na região da superfície posterior da patela e costuma ser caracterizada por um amolecimento e desgaste da cartilagem (MacMull et al, 2012). 


Testes clínicos
 
Em relação aos testes clínicos para a dor femoropatelar, revisões sistemáticas demonstram que a maioria dos testes clínicos apresenta baixa precisão diagnóstica. Embora não exista um teste clínico “padrão ouro” para o diagnóstico da dor femoropatelar, devemos utilizar a reprodução da dor retro ou peripatelar com atividades funcionais que sobrecarregam a articulação patelofemoral em uma posição flexionada para complementar o diagnóstico, especialmente durante o agachamento. Outras atividades funcionais também podem ser avaliadas, uma vez que geralmente exacerbam os sintomas em pessoas com dor femoropatelar.
 
Outras atividades que também podem ser avaliadas envolvem agachar, subir/descer escadas e correr. Além disso, o teste de sensibilidade à palpação das bordas patelares pode ser utilizado para complementar o diagnóstico, uma vez que a dor femoropatelar é evidente em 71-75% das pessoas com esse achado (Oliveira Silva et al, 2018). 
 
Outro componente importante do diagnóstico da dor femoropatelar é o diagnóstico diferencial. É necessário excluir qualquer outra condição possível que possa causar dor no joelho, como tendinopatia patelar, subluxação patelar, doença de Osgood-Schlatter e doença de Sinding-Larsen-Johansson.
Síndrome da Dor Femoropatelar
Figura 3. Fluxograma da avaliação da SDFP

PROMs

Uma vasta quantidade de medidas de resultados relatados pelo paciente (PROMs) foi desenvolvida e utilizada para avaliar a função percebida pelo paciente e mudanças no status ao longo do tempo em pessoas com SDFP. PROMs significa “Patient-Reported Outcome Measures”, que em português pode ser traduzido como “Medidas de Resultados Reportados pelo Paciente”.

São questionários ou escalas padronizadas utilizadas na área da saúde para avaliar a perspectiva do paciente sobre seu próprio estado de saúde, seus sintomas, funcionalidade e qualidade de vida. Essas medidas são preenchidas pelo próprio paciente e fornecem informações valiosas sobre como a doença ou tratamento está afetando sua vida, permitindo que fisioterapeutas e pesquisadores obtenham uma compreensão mais completa e precisa do impacto de condições médicas ou intervenções terapêuticas na vida dos pacientes.

Existem diferentes níveis de evidência para apoiar ouso das PROMs em indivíduos com alterações na função e estrutura corporal, limitações de atividades e restrições de participação associadas à SDFP. Elas costumam refletir como as pessoas percebem suas limitações funcionais, mas podem não refletir o desempenho funcional objetivo medido de fato (Hamilton, Giesinger e Giesinger, 2018). Considerando que as medidas subjetivas e objetivas de função podem ter construtos diferentes (percepção e desempenho, respectivamente), a medição de ambas pode ser importante (Hamilton et al., 2018).

Exames de imagem

Existe uma busca pela causa da dor que nos atrapalha no momento de olhar para todo o contexto de um exame de imagem. Sempre que buscamos por uma solução simples para problemas complexos, acabamos caindo na falácia de olhar “causa e efeito”, ou seja, com qualquer sinal de alteração do exame de imagem, já consideramos aquele aspecto como o “causador” da dor femoropatelar. 

No entanto, pesquisas sugerem que não há diferença entre exames de imagem de joelhos de pessoas saudáveis ou de pessoas com a SDFP (Oliveira Silva et al, 2019). Diferenciando da condromalácea patelar, por exemplo, estudos de RNM mostram que pacientes com a presença dessa patologia apresentam alterações anatômicas, incluindo inclinação patelar lateral, profundidade troclear, ângulo do sulco, inclinação tibial e altura patelar, diferente da SDFP (Habusta et al, 2023). 

Tópicos de Tratamento da Síndrome da dor Patelofemoral

Tratamentos para dor femoropatelar – Um Panorama Geral

A ideia aqui é oferecer uma visão abrangente sobre os tratamentos para a dor femoropatelar. A terapia por exercícios, enfatizando a combinação de abordagens direcionadas ao quadril e joelho, destaca-se como eficaz em aliviar a dor e melhorar a função a curto, médio e longo prazo.

A educação em dor emerge como um componente fundamental, capacitando os pacientes a gerenciar suas expectativas. A terapia manual, embora complementar, não se mostrou eficaz quando usada isoladamente. Além disso, exploramos tratamentos adjuntos, como bandagens, joelheiras, palmilhas e re-treino de marcha, que acrescentam perspectivas valiosas ao tratamento da dor femoropatelar.

 Terapia por exercícios 

O mais recente consenso sobre dor femoropatelar (Willy et al, 2019), desenvolvido por um grupo de especialistas, que inclui pesquisadores e clínicos focados na pesquisa da SDFP, formulou duas principais orientações para abordagens de exercícios no tratamento:

– O uso de exercícios é recomendado para alívio da dor em curto, médio e longo prazo, além de promover melhorias funcionais em médio e longo prazo;

– A abordagem combinada de exercícios direcionados ao quadril e ao joelho é recomendada para reduzir a dor e melhorar a função no curto, médio e longo prazo. Essa abordagem combinada deve ser preferencial em relação aos exercícios que visam somente os músculos do joelho. 
No início da reabilitação com exercícios, as evidências atuais sugerem que os exercícios focados no quadril podem ser mais eficazes do que aqueles voltados apenas para os músculos do joelho. No entanto, em um horizonte de longo prazo, a combinação de exercícios para o quadril e joelho tende a otimizar os resultados para os pacientes. Juntamente a essa abordagem, é necessário entender que qualquer ferramenta que puder auxiliar na estratégia de fortalecimento será bem-vinda. Oclusão parcial dos músculos da região e correntes elétricas que auxiliam na ativação muscular, por exemplo, são ferramentas úteis nesses casos. 

Não foi observado, até o momento, diferença significativa entre exercícios em cadeia aberta e em cadeia fechada em relação aos resultados funcionais. No entanto, vale ressaltar que exercícios sem dor (ou com um baixo nível de dor quando observado pela escala numérica de dor) são muito importantes no tratamento da SDFP. Exercícios isométricos com o joelho totalmente estendido (sem contato da patela com os côndilos) podem ser usados no início da terapia, pois minimizam o estresse na articulação femoropatelar enquanto reforçam o quadríceps, por exemplo. 

O treinamento do músculo vasto medial oblíquo (VMO) pode ser apropriado para alguns pacientes com SDFP, mas não para todos. Na avaliação do VMO, o fisioterapeuta deve avaliar a ativação, a massa muscular seccional, a capacidade de resistência e a capacidade de ativar em diferentes ângulos do joelho, e utilizá-lo de forma funcional. Evite concentrar-se excessivamente na ativação seletiva do músculo VMO, pois não há evidências que sugiram que ele possa ser isolado. 


 Educação em dor (de Oliveira Silva D, 2020)

Oferecer informações de alta qualidade aos pacientes (como aconselhamento personalizado e detalhes sobre sua condição, capacitando-os a gerenciar suas próprias expectativas) é fundamental, podendo representar uma abordagem para aprimorar os resultados a longo prazo na dor femoropatelar.

A educação é considerada um elemento crucial no tratamento da dor femoropatelar, mesmo que haja carência de estudos que avaliem diretamente sua eficácia. Recentemente, uma análise sistemática investigou o impacto de intervenções educacionais (utilizadas sozinhas ou combinadas a outros tratamentos) em indivíduos com dor femoropatelar. 

Os pesquisadores concluíram que a educação proporcionada por profissionais de saúde, por si só, gerou resultados comparáveis em termos de alívio da dor e melhoria da função, se comparada à abordagem que inclui exercícios e educação oferecida pelos profissionais de saúde, nos períodos de 3 e 6 meses após a intervenção. Essas descobertas ressaltam a importância fundamental da educação no tratamento da dor femoropatelar.

Terapia Manual (Willy et al, 2019)

A mobilização da patela tem sido combinada com outras intervenções de fisioterapia, com eficácia relatada. Existe uma grande variabilidade na prática de terapia manual na clínica e em pesquisas, com cada abordagem tendo diferentes fundamentos para seu uso, incluindo melhoria da mobilidade articular local e remota, além de redução da tensão muscular e fascial.

Com base em evidências de revisões sistemáticas de alta qualidade, a diretriz de tratamento indica que a terapia manual, incluindo manipulação/mobilização lombar, do joelho ou patelofemoral, pode não melhorar os resultados, especialmente quando usada isoladamente (Espí-López GV, 2017). 

Embora a terapia manual seja utilizada em intervenções combinadas baseadas em evidências, seu uso isolado pode não aprimorar os resultados e, portanto, não é recomendado. Dado que a terapia por exercício é o componente consistente em estudos de intervenções combinadas, a terapia manual não deve comprometer o tempo disponível para fornecer apropriada terapia por exercício em pacientes com dor femoropatelar.


Tratamentos adjuntos 

Intervenções comuns para o tratamento da Síndrome da dor femoropatelar incluem:

Bandagens (Com efeitos comprovados em curto prazo) 

As conclusões apontam para a eficácia da aplicação de taping (bandagem) no joelho de pacientes com dor femoropatelar. Isso pode levar a uma notável diminuição da dor em atividades como corrida, subir escadas e agachar-se. 

Na literatura, as abordagens de taping para a dor femoropatelar apresentam variações em relação à aplicação, com direcionamento ou não. A aplicação direcionada é caracterizada pelo ajuste da inclinação lateral, deslizamento e rotação patelar, visando reduzir a dor em pelo menos 50% durante tarefas funcionais. Já a aplicação não direcionada envolve uma única tira de fita, focalizada principalmente no deslizamento lateral da patela. Estudos sugerem que a abordagem mais eficaz de aplicação do taping pode variar conforme o paciente, destacando a importância de personalizar a técnica para atender às necessidades individuais e otimizar a redução da dor que cada pessoa experimenta (Barton et al, 2014).

Joelheiras

Para alguns pacientes, questões como alergia ao taping (bandagem) ou a sensação de cansaço decorrente da aplicação repetitiva no joelho podem representar desafios. Contudo, diante dessas situações, há alternativas viáveis, como o uso de joelheiras especialmente projetadas, que buscam alcançar resultados semelhantes aos proporcionados pelo taping.

 Vale ressaltar, ademais, que a incorporação de uma joelheira com propriedades de realinhamento medial durante a prática de exercícios revela resultados ainda mais promissores para indivíduos que convivem com a dor femoropatelar. Estudos indicam que, após um período de 6 a 12 semanas de tratamento, essa abordagem demonstrou ser mais eficaz em comparação ao simples engajamento em exercícios sem a utilização da joelheira. 

Além disso, estudos apontam o impacto psicológico positivo causado pelo uso da joelheira. Após duas semanas de uso, participantes que lidavam com dor femoropatelar experimentaram uma notável redução na cinesiofobia, que se traduz como a diminuição do temor relacionado ao movimento. Isso significa que a joelheira não somente atua no alívio físico, mas também contribui para a melhoria do bem-estar psicológico desses indivíduos (Petersen et al, 2017)

Palmilhas 

Evidências científicas sugerem que o uso de palmilhas pode ter um impacto significativo na redução da dor em aproximadamente 25% a 50% das pessoas que enfrentam dor femoropatelar nas primeiras 6 a 12 semanas de tratamento. Essa melhora também pode se estender a longo prazo. 

Antigamente, as palmilhas eram comumente prescritas a pacientes com pés planos (pronados). No entanto, existe um debate em andamento sobre essa abordagem e sua eficácia. Em casos de dor femoropatelar, a presença de pronação excessiva nos pés não é uma indicação definitiva de que as palmilhas funcionarão ou não. 

Uma maneira simples de avaliar se o uso de palmilhas será benéfico é experimentá-las durante uma atividade que normalmente causa dor. Se as palmilhas reduzirem imediatamente a dor, é provável que sejam úteis para esse paciente. Caso contrário, é improvável que tragam alívio. É uma avaliação direta (Lacks et al, 2014).

Re-treino de marcha

Estudos sugerem que a mudança na forma de correr pode ajudar no controle da SDFP. Dos Santos e colaboradores (2018) avaliaram os efeitos de três métodos de reeducação da marcha em corredores com dor femoropatelar. Os métodos foram aterrissagem na parte frontal do pé (FFOOT), aumento de 10% na taxa de passos (SR10%) e inclinação do tronco para a frente (FTL).

O estudo envolveu 18 corredores recreativos com dor femoropatelar, divididos em três grupos. Foram avaliadas a biomecânica dos membros inferiores e a ativação muscular antes e depois do treinamento, que durou duas semanas. Além disso, a intensidade da dor e a limitação funcional foram medidas usando escalas específicas antes, após o treinamento e seis meses depois. 

Os resultados mostraram que os três métodos levaram a melhorias clínicas, como redução da dor e melhora nos escores funcionais. No entanto, não foram encontradas diferenças biomecânicas significativas que pudessem explicar completamente essa melhora clínica após a intervenção. Isso sugere que os benefícios clínicos alcançados com esses métodos podem estar relacionados a outros fatores além das mudanças biomecânicas.

Cirurgia

Embora o tratamento conservador seja a primeira opção de escolha e normalmente ameniza os sintomas, é importante destacarmos quais condições podem evoluir para procedimentos cirurgicos nesses casos. Desalinhamento de membros ou displasia troclear, a disfunção causada pela anormalidade estrutural, pode justificar correção cirúrgica, se o objetivo for alcançar a melhor mecânica do joelho e dos membros inferiores, a fim de aliviar os sintomas do paciente.

Normalmente, os procedimentos cirurgicos envolvem condroplastia, eventualmente com a utilização de enxertos osteocondrais, osteotomia ou, em casos mais graves e de pacientes mais idosos, artroplsatia total do joelho (Dambrosi et al, 2022). 


Prognóstico da SDFP

Dor femoropatelar é uma condição persistente com altos índices de recorrência, mesmo com tratamento, ou seja, os tratamentos costumam apresentar benefícios e serem eficazes em curto prazo, mas é importante continuar com o tratamento para obter melhores resultados a longo prazo. Além disso, é importante ressaltar sobre a importância de educar os pacientes sobre como controlar sua carga de exercícios e abordar os fatores de risco para evitar a recorrência da dor (Collins et al, 2015). 

Fatores que podem piorar o prognóstico da dor femoropatelar (Lankhorst et al, 2015):
  • Tempo de duração dos sintomas: quanto mais tempo a dor persistir, pior o prognóstico de 5 a 8 anos após o tratamento.
  • Função: quanto menor a função, pior o prognóstico 5 a 8 anos após o tratamento.
  • Intensidade: dor intensa, tanto no repouso quanto durante a atividade, piora o prognóstico 1 ano após o tratamento.

Conclusão: A complexidade da dor femoropatelar

Neste texto, mergulhamos nas camadas da dor femoropatelar e suas terapias. Exploramos estratégias atuais respaldadas por evidências, como terapia por exercícios focados no quadril e joelho, capacitando os pacientes por meio da educação em dor e considerando a terapia manual como parte de um todo.

Entretanto, compreender a importância do contexto da dor, realizar avaliações minuciosas e considerar o histórico do paciente são elementos cruciais. Essa abordagem personalizada reconhece a singularidade de cada indivíduo, adaptando os tratamentos de maneira eficaz.

Além disso, examinamos tratamentos complementares, como bandagens, joelheiras e re-treino de marcha, que agregam perspectivas únicas. Reconhecemos que cada indivíduo é único, buscando abordagens personalizadas. Conforme chegamos ao fim, torna-se claro que uma abordagem integrada desempenha um papel crucial na complexidade da dor femoropatelar.

Aprofunde os seus conhecimentos!

Confira os materiais compartilhados pelo professor:

Sugestão de leitura – Arquivo em PDF para PROMs:

 
Assista ao vídeo:

Referências

Ahmed Hamada H, Hussein Draz A, Koura GM, Saab IM. Carryover effect of hip and knee exercises program on functional performance in individuals with patellofemoral pain syndrome. J Phys Ther Sci. 2017 Aug;29(8):1341-1347. doi: 10.1589/jpts.29.1341. Epub 2017 Aug 10. PMID: 28878459; PMCID: PMC5574328.

Barton C, Balachandar V, Lack S, Morrissey D. Patellar taping for patellofemoral pain: a systematic review and meta-analysis to evaluate clinical outcomes and biomechanical mechanisms. Br J Sports Med. 2014 Mar;48(6):417-24. doi: 10.1136/bjsports-2013-092437. Epub 2013 Dec 5. PMID: 24311602.

BartonCJ, LackS, MalliarasP, MorrisseyD. Gluteal muscle activity and patellofemoral pain syndrome: a systematic review. Br J Sports Med. 2013;47(4):207-14. http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2012-090953. PMid:22945929

Boling M, Padua D, Marshall S, Guskiewicz K, Pyne S, Beutler A. Gender differences in the incidence and prevalence of patellofemoral pain syndrome. Scand J Med Sci Sports. 2010 Oct;20(5):725-30. doi: 10.1111/j.1600-0838.2009.00996.x. PMID: 19765240; PMCID: PMC2895959.

Habusta SF, Coffey R, Ponnarasu S, et al. Chondromalacia Patella. [Updated 2023 Apr 22]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK459195/

Crossley KM, van Middelkoop M, Barton CJ, Culvenor AG. Rethinking patellofemoral pain: Prevention, management and long-term consequences. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2019 Feb;33(1):48-65. doi: 10.1016/j.berh.2019.02.004. Epub 2019 Feb 22. PMID: 31431275.

de Oliveira Silva D, Barton C, Crossley K, Waiteman M, Taborda B, Ferreira AS, Azevedo FM. Implications of knee crepitus to the overall clinical presentation of women with and without patellofemoral pain. Phys Ther Sport. 2018 Sep;33:89-95. doi: 10.1016/j.ptsp.2018.07.007. Epub 2018 Jul 17. PMID: 30059950.

de Oliveira Silva D, Pazzinatto MF, Rathleff MS, Holden S, Bell E, Azevedo F, Barton C. Patient Education for Patellofemoral Pain: A Systematic Review. J Orthop Sports Phys Ther. 2020 Jul;50(7):388-396. doi: 10.2519/jospt.2020.9400. Epub 2020 Apr 29. PMID: 32349640.

Davis IS, Powers C. Patellofemoral pain syndrome: proximal, distal, and local factors, an international retreat, April 30- May 2, 2009, Fells Point, Baltimore, MD. J Orthop Sports Phys Ther. 2010;40(3):A1-16. http://dx.doi.org/10.2519/ jospt.2010.0302. PMid:20195028

Dos Santos AF, Nakagawa TH, Lessi GC, Luz BC, Matsuo HTM, Nakashima GY, Maciel CD, Serrão FV. Effects of three gait retraining techniques in runners with patellofemoral pain. Phys Ther Sport. 2019 Mar;36:92-100. doi: 10.1016/j.ptsp.2019.01.006. Epub 2019 Jan 18. PMID: 30703643.

Patellofemoral Pain – Richard W. Willy, Lisa T. Hoglund, Christian J. Barton, Lori A. Bolgla, David A. Scalzitti, David S. Logerstedt, Andrew D. Lynch, Lynn Snyder-Mackler, and Christine M. McDonough Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy 2019 49:9, CPG1-CPG95 

Espí-López GV, Arnal-Gómez A, Balasch-Bernat M, Inglés M. Effectiveness of Manual Therapy Combined With Physical Therapy in Treatment of Patellofemoral Pain Syndrome: Systematic Review. J Chiropr Med. 2017 Jun;16(2):139-146. doi: 10.1016/j.jcm.2016.10.003. Epub 2016 Nov 22. PMID: 28559754; PMCID: PMC5440631.

Lack S, Barton C, Vicenzino B, Morrissey D. Outcome predictors for conservative patellofemoral pain management: a systematic review and meta-analysis. Sports Med. 2014 Dec;44(12):1703-16. doi: 10.1007/s40279-014-0231-5. PMID: 25100644.

Lankhorst NE, van Middelkoop M, Crossley KM, Bierma-Zeinstra SM, Oei EH, Vicenzino B, Collins NJ. Factors that predict a poor outcome 5-8 years after the diagnosis of patellofemoral pain: a multicentre observational analysis. Br J Sports Med. 2016 Jul;50(14):881-6. doi: 10.1136/bjsports-2015-094664. Epub 2015 Oct 13. PMID: 26463119.

 MACMULL S., The role of autologous chondrocyte implantation in the treatment of symptomatic chondromalacia patellae, International orthopaedics, Jul 2012, 36(7), 1371-1377.

Loudon JK. Biomechanics and pathomechanics of the patellofemoral joint. Int J Sports Phys Ther. 2016 Dec;11(6):820-830. PMID: 27904787; PMCID: PMC5095937.

Petersen W, Ellermann A, Rembitzki IV, Scheffler S, Herbort M, Brüggemann GP, Best R, Zantop T, Liebau C. Evaluating the potential synergistic benefit of a realignment brace on patients receiving exercise therapy for patellofemoral pain syndrome: a randomized clinical trial. Arch Orthop Trauma Surg. 2016 Jul;136(7):975-82. doi: 10.1007/s00402-016-2464-2. Epub 2016 May 5. PMID: 27146819; PMCID: PMC4908172.

Smith BE, Selfe J, Thacker D, Hendrick P, Bateman M, Moffatt F, et al. (2018) Incidence and prevalence of patellofemoral pain: A systematic review and meta-analysis. PLoS ONE 13(1): e0190892. https://doi.org/10.1371/journal. pone.0190892

Collins NJ, Bierma-Zeinstra SM, Crossley KM, van Linschoten RL, Vicenzino B, van Middelkoop M. Prognostic factors for patellofemoral pain: a multicentre observational analysis. Br J Sports Med. 2013 Mar;47(4):227-33. doi: 10.1136/bjsports-2012-091696. Epub 2012 Dec 13. PMID: 23242955.

D’Ambrosi R, Meena A, Raj A, Ursino N, Hewett TE. Anterior Knee Pain: State of the Art. Sports Med Open. 2022 Jul 30;8(1):98. doi: 10.1186/s40798-022-00488-x. PMID: 35907139; PMCID: PMC9339054.

Mais do E-fisio

Tendinopatias do Tendão Tibial Posterior A disfunção do tendão tibial posterior (DTTP) é uma condição comum entre as patologias do pé e tornozelo. …

Lesões do Ligamento Colateral Medial O ligamento colateral medial situa-se entre o côndilo medial do fêmur até o côndilo medial da tíbia. Sua …

Fratura de escafóide

Fratura de escafóide As fraturas de escafóide interferem diretamente na funcionalidade. São pontos chave para uma boa recuperação a abordagem no tempo certo …

Fraturas de Platô Tibial

Fraturas de Platô Tibial Fraturas do platô tibial podem ser graves e gerar grande  perda funcional ao joelho acometido. Por isso necessitam de …

Síndrome do Impacto Femoroacetabular

Síndrome do Impacto Femoroacetabular A síndrome do Impacto Femoroacetabular (IFA) costuma ser um importante acometimento da articulação do quadril, resultando em limitações funcionais …

Tendinopatia patelar

Tendinopatia patelar A Tendinopatia Patelar (TP) costuma ser um importante acometimento da articulação do joelho, frequentemente apresentada como dor anterior na articulação, resulta …

Síndrome da Dor Femoropatelar

Síndrome da Dor Femoropatelar Síndrome da Dor Femoropatelar  é um termo geral usado para descrever a dor retropatelar. É uma condição persistente que …

 

Olá

Registre-se conosco para poder colaborar com artigos e conteúdos.

Ou entre caso já seja registrado.
Login