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Hérnia discal, por definição, é a tumefação do núcleo pulposo por ruptura das fibras do anel fibroso, ou seja, uma condição durante a qual um núcleo pulposo é deslocado do espaço intervertebral, sendo assim uma causa comum de dor nas costas que, em casos mais graves, pode estar associada a irradiação para membros, fraqueza muscular ou alterações de sensibilidade.
Por: Isadora Oliveira – São Paulo
A causa mais comum de hérnia de disco é o processo degenerativo (à medida que os humanos envelhecem, o núcleo pulposo torna-se menos hidratado e enfraquece, podendo levar à hérnia de disco progressiva), e a segunda causa mais comum de hérnia de disco é o trauma. Outras causas incluem alterações do tecido conjuntivo e/ou alterações congênitas.
Em alguns casos, uma lesão de hérnia de disco pode comprimir o nervo ou a medula espinhal, causando dor consistente com compressão do nervo ou disfunção da medula espinhal, também conhecida como mielopatia, porém em muitos casos, a hérnia de disco não causa dor ao paciente e são frequentemente vistas em exames de imagem de pacientes assintomáticos.
O manejo da hérnia de disco requer uma equipe multiprofissional e o tratamento inicial deve ser conservador, a menos que o paciente apresente comprometimento neurológico grave ou alguma outra bandeira vermelha.
O disco intervertebral consiste em um anel fibroso, um núcleo pulposo e duas placas terminais cartilaginosas e une indiretamente dois corpos vertebrais adjacentes, juntamente com as articulações de facetas correspondentes.
Do ponto de vista clínico, é importante considerar o disco como uma unidade integrada, cuja função normal depende em grande parte da integridade de todos os elementos. Um disco intervertebral é composto de anel fibroso que é um anel de colágeno denso que circunda o núcleo pulposo e a hérnia de disco ocorre quando parte ou todo o núcleo pulposo se projeta através do anel fibroso.
A hérnia de disco é mais comum na coluna lombar, seguido pela coluna cervical.
A incidência de hérnia de disco é de cerca de 5 a 20 casos por 1.000 adultos anualmente e é mais comum em pessoas entre 30-50 anos, com uma proporção de homens para mulheres de 2:1.
Cerca de 95% das hérnias de disco ocorrem na coluna lombar inferior; hérnias de disco acima desses níveis são mais comum em pessoas com mais de 55 anos.
Prolapso: Núcleo pulposo deslocado atinge a extremidade posterior do disco, mas permanece confinado às camadas externas do anel fibroso
Protrusão: Núcleo pulposo deslocado permanece no anel fibroso, mas pode criar uma saliência de pressão na medula espinal
Extrusão: Ruptura do anel fibroso, permitindo ao núcleo pulposo escapar completamente do disco para dentro do espaço epidural
Sequestro: Partes do núcleo pulposo e fragmentos do anel fibroso tornam-se alojados dentro do espaço epidural
Referências
G. F. Giles, K. P. Singer. The Clinical Anatomy and Management of Back Pain. Butterworth-Heinemann, 2006.
Raymond W. J. G Ostelo et al. Rehabilitation After Lumbar Disc Surgery: An update Cochrane Review. Spine Vol. 34 Nr.2009;17, 1839 – 1848.
Jegede KA, etal. Contemporary management of symptomatic lumbar disc herniations. Orthop Clin North Am. 2010;41:217-24. PMID: 20399360 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20399360.
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